Florestas Portuguesas
- Coleção | Collection
- Serra de Lapa e Leomil
- Referência | References
- Correio Beirão (8 Julho 1968)
- Título | Title
- Florestas Portuguesas
- Autor | Author
- João Correia
- Resumo | Summary
- Discussão sobre a importância da preservação das florestas portuguesas
- Excerto | Excerpt
-
"Riqueza enorme, não só vista sob o aspecto económico como no valor a favor do clima, do bem estar da população, além de fomentadora do turismo interno e externo, a floresta portuguesa, seja a que é pertença do Estado, seja a que está de posse de particulares, merece as nossas atenções constantes, inclusive dos incendiárias acidentais ou criminosos, devendo os primeiros ser dura- mente punidos e os segundos orientados no sentido de evitarem os incêndios que com tanta falta de atenção pelo que é da Comunidade se têm manifestado nos últimos anos. Importa ainda que cada um, mesmo que tais desastres não sejam provocados deliberadamente, responda pelos prejuízos ocasionados, sendo mesma a única forma de terem cuidado no futuro. Estando a cargo da Direcção Geral dos Serviços Florestais e Aquícolas, as matas e serras portuguesas que constituem património nacional têm recebido nos últimos anos um Incremento notório que bem po- demos considerar histórico. Na verdade, desde o já distante ano de 1888, altura em que foi aprovada a arborização das serras do Gerez e Estrela, muito se fez neste importante sector, facto que nos leva a estar gratos a todos os que, de uma ou de outra maneira, contribuíram para a ampliação da nossa riqueza silvícola e das belezas naturais de todo o país a que ninguém, por mais materialista ou insensível que seja, ficará indiferente."
"Fazendo plantações de árvores, construindo estradas e caminhos florestais, sedes de administração e casas para guardas, postos de vigia e linhas telefónicas, a par de outros serviços de interesse para o País, a Direcção Geral dos Serviços Florestais e Aquícolas, que depende da Secretaria de Estado da Agricultura e do Ministério da Economia arborizou até 1960 cerca de 200 mil hectares da área que lhe está consignada e prepara-se para fazer o mesmo em relação à que falta – 168.032 hectares. Por outras palavras, verifica-se ser área total das propriedades de 462.978 hectares e não estar encarada a arborização de 98.000 hectares, estando o excedente, como já foi afirmado, arborizado ou em vias de o ser. Com estes serviços, que têm uma transcendência fácil de avaliar, o organismo em causa tem gasto enormes quantias que são concedidas pelo ministério respectivo para o fim em vista.
Em 1960 tal verba ultrapassou os 120 milhões de escudos e foi ligeiramente inferior no ano transacto – mais de 104 mil contos. Comparados estes números às verbas gastas em 1939 a 1952, que andou entre 9 e tal contos e cerca de 39 contos, verificamos que muito se tem feito neste domínio nos últimos tempos. Aliás com razão, porque, como está constatado, a floresta, a par dos motivos de prazer que origina, é ainda um bom negócio, de resto aconselhado pelas entidades oficiais responsáveis a muitos obreiros que à terra se dedicam continuamente.” - Data | Date
- 1968/07/08
- Número | Number
- 298
- Fonte | Source
- Arquivo da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Moimenta da Beira
- Páginas | Pages
- 3 e 6
- Contribuidor | Contributor
- João Pedro Oliveira

Serra da Lapa, 6 de agosto de 2020