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- Title
- Impõe-se o repovoamento consciente das serras da Beira Alta, houve colóquio em Moimenta da beira
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- Impõe-se o repovoamento consciente das serras da Beira Alta, houve colóquio em Moimenta da beira
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- Impõe-se o repovoamento consciente das serras da Beira Alta, houve colóquio em Moimenta da beira
Impõe-se o repovoamento consciente das serras da Beira Alta, houve colóquio em Moimenta da beira
- Coleção | Collection
- Serra de Lapa e Leomil
- Referência | References
- Correio Beirão (31 Mar 1987)
- Título | Title
- Impõe-se o repovoamento consciente das serras da Beira Alta, houve colóquio em Moimenta da beira
- Autor | Author
- Omisso
- Resumo | Summary
- Descrição de algumas medidas a impor ao regime florestal de Moimenta da Beira
- Excerto | Excerpt
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"A Beira Alta é, ainda hoje, uma das mais belas regiões onde predomina uma vegetação autóctone, com muitos exemplares raros, mas que a incúria dos homens tem deixado destruir num ritmo galopante. Ao falar das Beira Alta, poder-se-á referenciar vegetação ligada às diversas vertentes, altitudes, exposições e formações de solos. Por isso, há que precisar, aqui e agora, os elementos a que nos referimos."
"Toda a área compreendida entre Leomil, Serra da Nave, Barrelas, Forca, Sernancelhe e Penedono eram formações contínuas de vegetação endémica, de grande valor, onde predominavam o castanheiro, várias espécies de carvalhos, sobreiros, amieiros, salgueiros, vidoeiros, choupos, cerejeiras, macieiras, nogueiras, amoreiras, robínias e outras espécies, umas puramente endémicas, outras introduzidas na região por razões ecológicas, paisagísticas e económicas. Mas o que se vê, por toda a Beira Alta, incluindo a Beira-Douro, são as resinosas e os eucaliptos, sendo as primeiras de introdução mais antiga, que vieram substituir grandes formações de castinçais, e as segundas de introdução mais recente, com vista a fornecerem grandes quantidades de matéria prima para a indústria de celulose. Esta é uma forma pouco consciente de fazer o repovoamento das serras da Beira Alta, usando espécies vegetais exóticas, com prejuízo grave para a economia nacional, a preservação dos solos, a defesa da flora endémica e o fomento cinegético."
DESFIGURAR GRAVEMENTE A PAISAGEM
"Com tal política de eucaliptação a esmo, usando das mais poderosas máquinas para remover os solos de montanha, as espécies lenhosas tradicionais vão sendo substituídas com plantas altamente gravosas para os terrenos, a vegetação herbácea que se desejaria para alimento duma fauna cinegética que vai escasseando, e o mais grave ainda, impossibilitando por completo formas de pastoreio tradicionais (caprino e ovino) que estavam na base da subsistência de muitos povos destas regiões. Tem-se visto como, com os grandes e criminosos incêndios, vêm transformando as serras da Beira Alta (Leomil, Nave, Forca, Montemuro, Gralheira etc.) em terras de ninguém, chamuscadas, negras pelo fogo, onde não há um mínimo de plantas herbáceas para ajudar ao fomento cinegético e à implementação pastoril segundo indicações da própria C.E.E. onde estamos inseridos. Portanto, como estamos prestes a comemorar, uma vez mais, o DIA MUNDIAL DA FLORESTA, e se prepara, por outro lado, o ANO EUROPEU DO AMBIENTE, aproveitamos para chamar à atenção dos responsáveis pelo repovoamento florestal destas áreas, em estreita colaboração com as autarquias locais, para se estudar, previamente, qual deverá ser o tipo de florestação a fazer nas terras da Beira Alta e Beira Douro. As espécies indicadas acima, naturais destas terras altas, não poderão ser preteridas em beneficio das resinosas ou do eucalipto." - Data | Date
- 1987/03/31
- Número | Number
- 28
- Fonte | Source
- Arquivo da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Moimenta da Beira
- Páginas | Pages
- 6
- Contribuidor | Contributor
- João Pedro Oliveira

Serra da Lapa, 6 de agosto de 2020