A Longa História do Associativismo Livre
Conjunto de itens
Nome do entrevistador/a
Testemunhos associativos
Nome do entrevistado/a
A Longa História do Associativismo Livre
Itens
24 items
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António Manuel Lopes Moreira
Conta as modalidades em que participou nos clubes locais durante a sua infância e adolescência, valorizando a amizade e a solidariedade que se encontrava no associativismo. Testemunha também as atividades associativas em que participou quando esteve emigrado na Alemanha. Valoriza o papel do associativismo na sua formação pessoal. Reflete sobre o presente e futuro do associativismo. -
António Monteiro
Descreve a sua participação associativa desde a infância. Reflete sobre o papel das coletividades na formação dos seus ativistas. Descreve as atividades que desenvolveu nas diferentes associações em que participou. Reflete sobre o presente e o futuro do associativismo. -
Carlos Alberto Barroca
Os três dirigentes do Ginásio Clube da Covilhã reconstroem a história da instituição com base nas suas memórias de infância. Refletem também sobre a origem e natureza do associativismo, particularmente na Covilhã. Sublinham a importância do trabalho voluntário ou da "carolice". -
Casimiro dos Santos
Começa por descrever as condições de vida e trabalho na Pampilhosa da Serra e nas Minas Panasqueira, onde o seu pai trabalhou. Testemunha a sua participação no movimento associativo que resulta do êxodo rural para as cidade e ligado às comunidades origem, as Casas do Concelho e as Comissões de Melhoramentos. Também relata a sua atividade enquanto delegado sindical e as principais lutas em que esteve envolvido. Discorre sobre a divisão sexual do trabalho, nomeadamente nas minas e a participação das mulheres na atividade sindical. Conta ainda da sua atual participação na Casa do Povo de Casegas e discorre sobre a evolução destas instituições. -
Elias Luz Riscado
Descreve o contexto em que foi fundado o Clube Desportivo da Mata em 1961, com destaque para a mobilização da população do Bairro na construção da sede após o 25 de abril de 1974. Elenca os serviços prestados à comunidade desde esse período até à atualidade, bem como as diferentes modalidades desportivas e expressões culturais desenvolvidas pela coletividade. Testemunha a participação das mulheres em atividades próprias e nas gerais da coletividade. Discorre sobre as motivações dos dirigentes associativos, o presente e o futuro do movimento. -
Etelvina Lopes Rosa Ribeiro
Ingressou na fábrica nas vésperas do 25 de abril, viveu a greve vidreira de março de 1974 e trabalhou na empresa Pereira Roldão em autogestão durante cinco anos. Contou que guiou visitas de pessoas que vinham para conhecer o processo. Sublinha que este processo foi importante para a sua consciencialização política e para enriquecer a sua experiência fabril.
Explica as suas tarefas na "zona fria" da industria vidreira, exclusiva das mulheres e as suas condições de trabalho.
Descreve o esforço necessário para conciliar as funções profissionais e sindicais, as reivindicações e as lutas que ajudou a organizar.
Foca a evolução da empresa onde trabalhou, num contexto cada vez mais competitivo, até ao seu encerramento definitivo em 1997.
Descreve lutas de resistência aos encerramentos das empresas em que participou, destacando a experiência da Pereira Roldão em que os trabalhadores se mobilizaram para assegurar que o forno não encerrasse, trabalhando em autogestão com salários em atraso, produzindo peças como a jarra da solidariedade que se vendeu no país inteiro.
Fala também da sua participação no núcleo da Marinha Grande do Movimento Democrático de Mulheres, destacando o processo de criação da creche após o 25 de abril e a formação nas áreas da saúde e da concepção.
Questionada sobre a tradição de luta local destaca os percursos e as condições de vida da maioria da população, nomeadamente a precocidade do ingresso no trabalho fabril e a homogeneidade social, como factores explicativos de uma ampla consciência de classe e mais uma vez as condições de trabalho das mulheres. Analisa a história do movimento operário em oposição a diferentes formas de enfraquecer essa consciência. -
Fernando Alves
Descreve a sua ligação ao associativismo desde a infância.
Destaca o contexto da guerra e do colonialismo como determinante para a sua consciencialização política e descreve
os constrangimentos à participação associativa durante a ditadura. Testemunha a sua experiência de participação num grupo de reflexão sobre as condições de trabalho, orientado por um membro da JOC. Revela as possibilidades de desenvolvimento que o 25 de abril abriu, com a proliferação de mais modalidades desportivas e a sua participação no PRP. Relata, finalmente, parte da sua experiência na autarquia, defendendo que “os melhores políticos são os que começaram pelo associativismo, porque também no associativismo há um interesse de ajudar as pessoas". Reflete sobre as dificuldades porque passam atualmente as coletividades e a importância de as câmaras darem apoio às suas atividades, quer pecuniário quer técnico. -
Francisco Bragança, Carlos Agostinho Dâmaso, Jeremias Espinho Roceiro e António José Esteves Duarte
É descrita a participação de cada um na Banda do Carvalho. Francisco Bragança refere-se à década de 1940 e partilha as memórias da fundação, os seus três colegas mais novos partilham a experiência de renovação da atividade da banda na década de 1980. Destacam o papel da Banda na comunidade. Refletem sobre o passado, o presente e o futuro do associativismo. -
Francisco Duarte
Testemunha a sua participação associativa e realça o empenho dos dirigentes no desenvolvimento destas instituições e a sua importância no contexto local, nomeadamente no combate ao alcoolismo e na politização das populações. Testemunha a transmissão da memória associativa entre gerações. Relata também as práticas repressivas do regime, nomeadamente na esfera cultural. Descreve as condições de vida e trabalho na Marinha Grande e em que condições se procurou democratizar a atividade sindical antes do 25 de abril, quando foi delegado sindical. Descreve o progresso do movimento associativo e sindical após a Revolução Reflete sobre o futuro do associativismo. -
Isabel Freitas
Descreve o seu percurso estudantil e o inicio da sua vida laboral aos 15 anos, quando ingressou na empresa vidreira Manuel Pereira Roldão. Foi mais tarde trabalhar para outra empresa na área da cristalaria onde trabalhou até aos 47 anos, data em que a mesma encerrou. Foca a sua participação associativa na Associação Social, Cultural e Desportiva de Casal Galego, descrevendo em que condições as mulheres começaram a participar, nomeadamente devido à resistência dos homens. Conta que atividades promoveu assegurando a participação de outras mulheres e crianças e destacando a criação da Exposição de Artesanato da Marinha Grande e a promoção das marchas populares da Marinha Grande. Partilha a memória transmitida pelo pai sobre a fundação da coletividade em Casal Galego, destacando as condições de vida e trabalho das populações e a ausência de espaços de sociabilidade. Descreve também o processo de transformação da coletividade em IPSS. Discorre largamente sobre os papeis sociais de género. Conta com pormenor como foi vivido o 25 de abril no meio fabril e associativo. Relata ainda a sua experiência autárquica -
José Augusto Mendes e Francisco José Fazenda Meruje
José Augusto Mendes testemunha com detalhe o processo de fundação do Grupo, na qual participou desde criança acompanhando o pai. Ambos lembram com nostalgia a atividade do clube no passado, valorizando o envolvimento e empenho dos sócios, designadamente através do trabalho voluntário. Destacam a atividade teatral, a organização do rancho, a participação nas marchas e outros marcos na atividade do Grupo no passado. Contam também como era a participação das mulheres, nomeadamente as criadas de servir nos bailes de domingo à tarde. Destacam ainda o papel da coletividade na educação primária e alfabetização de adultos. Lamentam o despovoamento do bairro a que atribuem as novas dificuldades de participação. Testemunham a vigilância e repressão que se abatia sobre o associativismo durante a ditadura, destacando a vinda de Francisco Fanhais à coletividade, seguida da ameaça de encerramento da coletividade. Valorizam também a participação democrática da população nas assembleias-gerais, antes e depois da Revolução. Testemunham a fundação de uma Comissão de Moradores após o 25 de abril de 1974 e as obras de beneficiação realizadas, bem como as novas atividades e iniciativas do Grupo como o cinema ou a criação do Covimúsica, um grupo de música popular portuguesa. Refletem sobre o presente e o futuro do associativismo. -
José de Jesus Nunes Simões
Ao evocar as memórias de infância, descreve as práticas de reciprocidade nos trabalhos agrícolas, com a designação de "ir a merecer". Relata o contexto de fundação do Grupo Recreativo Refugiense, do qual nasceu a Associação Rancho Folclórico e Etnográfico do Refúgio. Testemunha o papel que o Grupo Recreativo desempenhou na comunidade, respondendo a necessidades básicas. No que respeita ao Rancho, lembra que as recolhas etnográficas, conta, iniciaram-se ainda na década de 1960. Descreve as atividades desenvolvidas no Grupo e todo o processo necessário para o reconhecimento do segundo pela Federação do Foclore. Descreve a atividade do Rancho, nomeadamente os intercâmbios nacionais e internacionais. -
José Marques Martins e João José Silva
José Marques Martins relata a sua infância e juventude em contexto rural, descrevendo as práticas de sociabilidade e entreajuda. Ambos relatam como começaram a participar no GIR Rodrigo. Lembram com nostalgia a proximidade e fraternidade que existia no bairro do Rodrigo e na coletividade. Descrevem as principais atividades desenvolvidas no GIR Rodrigo e a sua participação enquanto dirigentes. Destacam as práticas de apoio aos sócios, nomeadamente o subsídio de funeral. Refletem sobre o presente e o associativismo. -
Leontina Tojeira Pereira
Descreve a sua infância marcadas pelo envolvimento político dos pais, da irmã e o seu próprio desde a juventude. Partilha várias memórias relacionadas com a oposição democrática na Marinha Grande, recuando ao 18 de janeiro de 1934. Descreve o papel impar que o Sport Operário Marinhense desempenhou na comunidade, sobretudo durante a ditadura, na consciencialização e formação política dos associados. Testemunha a participação de mulheres no Operário, associada ao seu comprometimento político. Comenta a identidade operária da vila, hoje cidade, e de que forma essa identidade modela a ação coletiva. Descreve o progresso associativo após o 25 de abril, nomeadamente no Sport Operário Marinhense, do qual foi Presidente da direção. -
Luis Jacinto Rebelo
Descreve a sua experiência enquanto mestre Romeiro e ilustra a importância deste movimento em São Miguel. Testemunha também a sua participação na Banda Filarmónica da Algarvia, descrevendo as suas principais atividades, relevando a sua inserção comunitária. -
Luís Pereira Garra
Refere como primeira experiência associativa a criação da Associação de Trabalhadores Estudantes da Escola Campos Melo, na Covilhã e o ingresso no MJT, no Movimento da Juventude Trabalhadora e depois na União das Juventudes Comunista. Relata a sua experiência no movimento sindical desde que foi eleito para delegado sindical em 1974, do Sindicato dos Lanifícios do Distrito de Castelo Branco. Entre outras memórias, lembra a participação na greve dos 1000 escudos de 1974, a greve dos 29 dias em 1981 e a experiência do controlo operário. Reflete sobre o processo de criação da CGTP e da construção do seu projeto unitário. Reflete também sobre a relação entre o movimento sindical e as outras formas de associativismo. -
Luzia Lopes Mendes
Conta que a sua caminhada se iniciou na Juventude Operária Católica e o seu consequente envolvimento no movimento sindical, como delegada e depois dirigente. Reflete sobre a divisão sexual do trabalho na indústria têxtil e as questões de género envolvidas na atividade sindical. Testemunha a sua participação nos movimentos grevistas que se seguiram ao 25 de abril de 1974. Relata também a experiência de organização comunitária de atividades de tempos livres para crianças. Reflete sobre o presente e futuro do movimento associativo. -
Manuela Medeiros
Manuela Medeiros testemunha a sua experiência enquanto activista da Juventude Operária Católica antes do 25 de abril, a vivência do período revolucionário e nomeadamente a organização do movimento sindical nos Açores. Oferece uma perspetiva inovadora em que sublinha a importância dos sentimentos envolvidos na participação associativa. -
Maria Angelina Ferreira
Ambos testemunham como a participação na Juventude Operária Católica foi marcante, moldando a sua perceção do mundo e sistema de valores. Ilustram também como na época a JOC desempenhavam um papel difusor de uma contracultura democrática. José Manuel também relata a sua experiência sindical. -
Maria do Céu Ferreira
Relata as condições de vida e de trabalho dos pais e da comunidade em que estava inserida e destaca a importância das mesmas para a sua consciência social. Realça a importância da sua formação religiosa. Valoriza igualmente as memórias transmitidas pelo pai, sobre a Associação de Socorros Mútuos fundada em Gouveia por Pedro Amaral Botto Machado, e pela mãe, sobre a greve de 1946.
Relata a sua experiência de trabalho desde a adolescência, as suas primeiras intervenções reivindicativas na fábrica, a participação no âmbito da JOC e no processo de democratização do sindicato nacional desde 1969. Conta também como foi a sua participação na Intersindical desde 1973 e depois na CGTP. Descreve a experiência vivida durante o processo revolucionário e realça o papel das mulheres neste período e no quadro da CGTP. Finalmente, descreve também a sua participação política enquanto membro da assembleia municipal. -
Mário Abrantes da Silva
Relata o seu processo de politização no quadro do movimento estudantil, a sua participação na Ação Revolucionária Armada e a sua prisão antes do 25 de Abril. Testemunha ainda a sua intervenção política enquanto funcionário do Movimento Democrático Português, durante o processo revolucionário, e depois como funcionário do PCP, em diferentes regiões, nomeadamente na Azambuja e em São Miguel, Açores. -
Rui Mendes
Descreve a atividade atual da coletividade, destacando várias e diversificadas atividades desde o Covimúsica às aulas de Zumba. Revela quais as principais transformações recentes do associativismo, destacando a maior participação das mulheres. Discorre largamente sobre os novos desafios que se colocam ao associativismo e os planos que a atual direção tem para os enfrentar, como por exemplo o de promover uma maior aproximação às escolas. Valoriza a memória histórica do associativismo que destaca como um dos fatores de motivação e empenho na promoção da coletividade. Apresenta a sua interpretação pessoal sobre a natureza do associativismo no meio operário da Covilhã. -
Sebastião Augusto Conceição Mota
Descreve a sua participação associativa antes e depois do 25 de Abril, quer no âmbito sindical, no sindicato da indústria vidreira, quer cultural e recreativa, no Sport Império Marinhense. Conta vários episódios relacionados com a resistência e a repressão durante a ditadura, assim como com o processo de mobilização social que marca o período revolucionário. Conta também a sua experiência na guerra colonial. -
Victor Manuel da Silva Fernandes
Descreve o contexto de fundação da coletividade, que frequenta desde a infância, e da qual já os pais e os avós eram sócios. Testemunha o papel das coletividades na mitigação de necessidades básicas das populações. Descreve as atividades que desenvolveu em diferentes clubes e associações locais em diferentes períodos. Reflete sobre o presente e o futuro do associativismo.