Muita construção, alguma arquitetura e um milagre
Item
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Título
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Muita construção, alguma arquitetura e um milagre
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Data
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1951
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Periódico
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Revista-catálogo III Congresso
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Descrição
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O depoimento foi publicado pelo jornal Correio da Manhã em 1951 e esta é uma versão publicada na Revista-catálogo III Congresso. De autoria de Lucio Costa, o escrito aborda a evolução arquitetônica brasileira, ao citar a Grandjean de Montigny, escultor francês que chefiou a Missão Artística Francesa no Brasil no século XIX, por ter levado o espírito moderno, em suas palavras, carregado de renovação. Ainda segundo Costa, esta chegada foi similar à de Le Corbusier, cerca de um século depois. O arquiteto salienta como a abolição da escravatura e a revolução industrial impulsionaram a formação do estilo moderno nacional. Apesar de estilos "descolados" da realidade brasileira terem sido aderidos pela elite, como o neocolonial e o ecletismo, a chegada do concreto armado impôs um ponto de virada. A nova técnica com o concreto propiciou a criação de fachadas de vidro, com pilotis e espaços amplos, circundados por jardins. O "toque" brasileiro veio com a inclusão de azulejos e vegetação tropical. Mais do que um "bloco", os edifícios modernos são orientados para aperfeiçoar a experiência conforme a função a que foram projetados. Como afirma Le Corbusier, a casa é uma "máquina de morar". Ao final, ainda há um texto do engenheiro Haroldo Lisboa sobre a formação das sociedades de engenharia, importantes para a composição arquitetônica no Brasil.
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Fonte
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Arquivo Central do IPHAN, Seção do Rio de Janeiro