Geografia das Almas Pandémicas
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Geografia das Almas Pandémicas
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Sou jornalista. Há mais de 30 anos que ouço histórias de vida e memórias para os meus trabalhos. O tempo ensinou-me a importância dos registos escritos e, por esta razão, decidi começar a escrever um curto diário no dia em que foi decretado o Estado de Emergência que pensava terminar quando regressasse ao trabalho presencial. Ainda não regressei. Entretanto parti o braço direito, ficar dependente no meio de uma pandemia é muito desconfortável, uma prima mais nova do que eu foi diagnosticada com cancro e morreu em menos de 3 meses. Não sei se o desfecho teria sido este noutras circunstâncias. Ao longo dos 288 dias que passaram entre 19 de março e 31 de dezembro de 2020 observei a vida dura dos operários da construção civil que vejo da minha janela. Sempre igual, nada mudou para os mais desprotegidos. Talvez acabe o diário quando voltar à redação, talvez no fim da pandemia. Não sei ainda. O meu 'MundodePantanas' ganhou vida.
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Lisboa
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19
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Março
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2020
- Conjuntos de itens
Este item foi submetido em 31 de dezembro de 2020 por Manuela Goucha Soares usando o formulário "Conte a sua história" do site "Memória COVID": https://projetos.dhlab.fcsh.unl.pt/s/memoriacovid
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