Criados de hotel na inauguração do Vidago Palace Hotel
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Título do recurso
Criados de hotel na inauguração do Vidago Palace Hotel
Autor
Desconhecido
Data
Outubro de 1910
Local
Vidago Palace Hotel
Editora
Blog: Restos de Coleção. Disponível em:
https://restosdecoleccao.blogspot.com/2012/11/vidago-palace-hotel.html
https://restosdecoleccao.blogspot.com/2012/11/vidago-palace-hotel.html
Descrição
Fotografia tirada à data da inauguração do Vidago Palace Hotel, no mês de outubro de 1910. Oito corpos, seis deles seguramente criados de hotel, surgem dispostos numa coreografia de espera e solenidade conforme à de um Grand Hotel. No Blog "Restos de Coleção" encontramos uma diversidade de fontes sobre a história deste icónico hotel construído há mais de 110 anos atrás. Mas a razão pela qual nos debruçamos sobre esta imagem é o facto de ela nos permitir pensar a extrema proximidade histórica e social existente entre criados hoteleiros e criados domésticos. Muitos deles eram – e continuam a ser – caracterizados por uma população migrante, e ambos partilharam condições de trabalho comuns: em períodos históricos mais recuados, também aos criados hoteleiros e do setor da restauração era oferecida cama e mesa em troca de trabalho, pernoitando nas instalações dessas casas comerciais à espera de, no dia seguinte, trocar a cama pela mesa de servir. Esta face da história do trabalho é bem documentada por Américo Nunes no seu livro Hotelaria – De criados domésticos a trabalhadores assalariados (Diálogo com a História sindical), Lisboa, Edições Avante, Coleção Resistência, Agosto de 2007.
Há, porém, um dado que carece de maior estudo. Trata-se de compreender até que ponto o servilismo doméstico evoluiu para uma franca feminização, enquanto, no caso da hotelaria, permanece até mais tarde o facto de ser representada pela masculinidade, sobretudo num conjunto de espaços de contacto como a receção, rua, elevador, lobby ou bar.
Há, porém, um dado que carece de maior estudo. Trata-se de compreender até que ponto o servilismo doméstico evoluiu para uma franca feminização, enquanto, no caso da hotelaria, permanece até mais tarde o facto de ser representada pela masculinidade, sobretudo num conjunto de espaços de contacto como a receção, rua, elevador, lobby ou bar.