"Grande Hotel no Porto", Revista de turismo: publicação quinzenal de turismo, propaganda, viagens, navegação, arte e literatura, no Ano II- Edição nº 26.

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Título do recurso

"Grande Hotel no Porto", Revista de turismo: publicação quinzenal de turismo, propaganda, viagens, navegação, arte e literatura, no Ano II- Edição nº 26.

Autor

Guerra Maio

Data

20 de Julho de 1917

Local

Largo Bordalo Pinheiro, n.28, Lisboa

Editora

Aníbal Rebello

Páginas

p.16

Descrição

“Todo o pessoal é atencioso e o sorriso bajulativo não se vê na boca de nenhum criado, como também não se veem nódoas de gordura na sua farda.” Foi assim rematado este artigo que dava conta da inauguração do Grande Hotel, no Porto, no ano de 1916, querendo elogiar as práticas de asseio nos códigos de vestuário dos trabalhadores hoteleiros, emanando do seu corpo um sinal conforme à etiqueta de luxo, mas sobretudo um comportamento emocional que não acusasse demasiado servilismo e adulação. No mesmo artigo, o cronista não esquece de enaltecer a ausência de “cheiro a refugado”, então marca da hotelaria portuguesa. Mas a razão deste progresso era menos favorável para os cozinheiros, pois isso significava trabalhar numa cave para evitar a propagação de cheiros nas “zonas nobres.”
Em todo o seu luxo, o Hotel esperava assim “receber a alta sociedade portuense” e vê-la em fraternidade com os turistas. A demora na inauguração do espaço devia-se à "maldita guerra" (uma referência à Primeira Guerra Mundial), responsável pelo atraso na construção. O elogio do luxo é permanente, tendo sempre como pano subjacente a adoção de práticas higienistas mais em conformidade com aquilo que “lá por fora” já seria regra. Assim, descreve-se que “o ar é purificado por meio de ventoinhas eléctricas que o renovam constantemente.”

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