Ação humanitária
Quando a SDN foi criada, a questão dos refugiados não era considerada prioritária. A sua primeira função foi a de coordenar o repatriamento de prisioneiros da Grande Guerra. Contudo, as deslocações massivas provocadas pelos conflitos armados, pelas guerras civis, pela fome e pela epidemia e pelas perseguições políticas e raciais obrigaram milhares de indivíduos a procurar refúgio em terras estrangeiras. O Passaporte Nansen garantiu aos refugiados russos uma proteção jurídica internacional, proteção que foi alargada aos refugiados do conflito greco-turco.
Nem sempre a cooperação internacional foi fácil e adequada às necessidades dos refugiados. Muitos deles usufruíram de uma proteção quase nula ou inexistente (caso dos judeus alemães e refugiados espanhóis republicanos) por parte da SDN.
Portugal envolveu-se pouco nos assuntos relativos aos refugiados. O medo do bolchevismo, da invasão de refugiados e da perda de soberania nacional constituíram um travão à cooperação internacional, sobretudo nos anos 1930, como fica patente num dos documentos aqui exibidos.