Studio for Portrait Masks
Item
Título
Studio for Portrait Masks
Data
1918
Local de produção
Paris, França
Duração
00:06:09
Género
Documentário
Cor
Preto e branco
Resumo
A destruição do rosto significava a perda de identidade. O desenvolvimento da cirurgia plástica por Harold Gillies constituiu, para os soldados severamente desfigurados, uma oportunidade de lhes ser reposta a sua humanidade. Contudo, o trabalho do cirurgião era limitado, pois não conseguia harmonizar novamente o rosto. Persistiam as cicatrizes e havia partes do rosto que não eram completamente corrigidas. Este cenário traduziu um enorme impacto psicológico: estes indivíduos não se reconheciam, nem eram reconhecidos pelas suas próprias famílias. Assim, tornou-se necessário encontrar uma forma de concluir o trabalho do cirurgião, de forma a evitar o isolamento social dos desfigurados.
Nos finais de 1917, foi criado, em Paris, o Studio for Portrait Masks pela escultora americana Anna Coleman Ladd (1878-1939), influenciada pelo trabalho do artista inglês Francis Derwent Wood no The Tin Noses Shop. A referida instalação era administrada pela Cruz Vermelha Americana e funcionou até 1920. Colaborando com outros artistas, Ladd construiu, tal como Wood, próteses faciais que encobriam partes feridas do rosto, tendo em vista reconstituir aos mutilados autoconfiança e autoestima. No presente documentário, o visitante pode assistir à construção e experimentação dessas próteses. Uma placa de gesso que reproduz o rosto desfigurado do ex-combatente servia de base para elaborar a prótese facial, consoante a zona ferida do rosto. De seguida, os mutilados experimentam as próteses, demonstrando os resultados: se a sua aplicação é ou não infalível.
Porém, era um processo complexo e moroso. Em primeiro lugar, era necessário que, após a operação cirúrgica, as feridas estivessem completamente cicatrizadas. Depois, procedia-se à reprodução do rosto em gesso, um processo em si sufocante para o paciente. Cabia ao artista dar vida às máscaras, pintando a sua superfície metálica, tendo em consideração ao tom de pele do paciente. Por fim, eram trabalhados os detalhes como, por exemplo, pestanas, bigodes e sobrancelhas, feitos a partir de cabelo humano.
Nos finais de 1919, o Studio for Portrait Masks produziu, no total, 185 próteses faciais. A sua eficácia era, contudo, igualmente limitada. Por um lado, mesmo que fossem realistas, eram inexpressivas. Por outro lado, as máscaras não reconstituíam a capacidade de mastigar ou engolir, principalmente em casos de destruição da estrutura dentária. Além disso, usar a prótese facial tornava-se desconfortável para o próprio mutilado.
ALEXANDER, Caroline - "Faces of War". Smithsonian Magazine (February 2007). (Disponível em https://www.smithsonianmag.com/arts-culture/faces-of-war-145799854/)
Nos finais de 1917, foi criado, em Paris, o Studio for Portrait Masks pela escultora americana Anna Coleman Ladd (1878-1939), influenciada pelo trabalho do artista inglês Francis Derwent Wood no The Tin Noses Shop. A referida instalação era administrada pela Cruz Vermelha Americana e funcionou até 1920. Colaborando com outros artistas, Ladd construiu, tal como Wood, próteses faciais que encobriam partes feridas do rosto, tendo em vista reconstituir aos mutilados autoconfiança e autoestima. No presente documentário, o visitante pode assistir à construção e experimentação dessas próteses. Uma placa de gesso que reproduz o rosto desfigurado do ex-combatente servia de base para elaborar a prótese facial, consoante a zona ferida do rosto. De seguida, os mutilados experimentam as próteses, demonstrando os resultados: se a sua aplicação é ou não infalível.
Porém, era um processo complexo e moroso. Em primeiro lugar, era necessário que, após a operação cirúrgica, as feridas estivessem completamente cicatrizadas. Depois, procedia-se à reprodução do rosto em gesso, um processo em si sufocante para o paciente. Cabia ao artista dar vida às máscaras, pintando a sua superfície metálica, tendo em consideração ao tom de pele do paciente. Por fim, eram trabalhados os detalhes como, por exemplo, pestanas, bigodes e sobrancelhas, feitos a partir de cabelo humano.
Nos finais de 1919, o Studio for Portrait Masks produziu, no total, 185 próteses faciais. A sua eficácia era, contudo, igualmente limitada. Por um lado, mesmo que fossem realistas, eram inexpressivas. Por outro lado, as máscaras não reconstituíam a capacidade de mastigar ou engolir, principalmente em casos de destruição da estrutura dentária. Além disso, usar a prótese facial tornava-se desconfortável para o próprio mutilado.
ALEXANDER, Caroline - "Faces of War". Smithsonian Magazine (February 2007). (Disponível em https://www.smithsonianmag.com/arts-culture/faces-of-war-145799854/)