'A realidade em preto e branco (ou era uma vez no clube Pinheiros...)'
Item
Título do recurso
'A realidade em preto e branco (ou era uma vez no clube Pinheiros...)'
Autor
Cartoon concebido pelo artista Daniel Kondo
Data
18 de junho de 2015
Local
BBC News Brasil (disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/06/150618_baba_rb_ss)
Editora
Recurso disponível no BBC News Brasil em https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/06/150618_baba_rb_ss
Descrição
O cartoon de Daniel Kondo ilustra uma mulher racializada a empurrar um carrinho de bebé, sendo que esta pode ser identificada como “babá” através das suas vestes brancas. O seu uniforme confunde-se com a cor da parede, tornando o seu corpo invisível, em contraste com o carrinho e o próprio bebé, que se destacam no meio da imensidão branca da imagem. Este cartoon acompanha a notícia do jornal BBC News Brasil que, em junho de 2015, publicou uma reportagem sobre a opinião das “babás” acerca da utilização de uniforme branco na sua profissão. Apesar de atualmente o debate parecer ter cessado, este é ainda um tema presente na vida de muitas “babás”.
No seio das trabalhadoras, várias afirmam que a utilização de uniforme é algo “natural”, que faz parte da sua profissão. Em oposição, outras defendem que este é um elemento de distinção social que perpetua um discurso discriminatório. O próprio branco do uniforme, apesar de associado à ideia de pureza e higiene, evidencia a sujidade na roupa, humilhando quem é obrigado a usá-la, enquanto invisibiliza a sua individualidade. Mais que uma peça de roupa, “o uniforme deixa claro que você é serviçal. Serviçal é serviçal. Patrão é patrão. A roupa nos marca”, tal como afirma Silvana Félix ao BBC News Brasil.
(item concebido por Joana Santos Baptista)
No seio das trabalhadoras, várias afirmam que a utilização de uniforme é algo “natural”, que faz parte da sua profissão. Em oposição, outras defendem que este é um elemento de distinção social que perpetua um discurso discriminatório. O próprio branco do uniforme, apesar de associado à ideia de pureza e higiene, evidencia a sujidade na roupa, humilhando quem é obrigado a usá-la, enquanto invisibiliza a sua individualidade. Mais que uma peça de roupa, “o uniforme deixa claro que você é serviçal. Serviçal é serviçal. Patrão é patrão. A roupa nos marca”, tal como afirma Silvana Félix ao BBC News Brasil.
(item concebido por Joana Santos Baptista)