"As corridas dos criados de café"
Item
Título do recurso
"As corridas dos criados de café"
Autor
"Diário de Lisboa", nsº 3936 a 3940
Consulta realizada no Arquivo da Fundação Mário Soares / DRR - Documentos Ruella Ramos, Disponível HTTP: http://hdl.handle.net/11002/fms_dc_28910 (2023-9-3)
Imagem anexa ao recurso extraída do filme "Os cavalos também se abatem" (1969), Sidney Pollack
Consulta realizada no Arquivo da Fundação Mário Soares / DRR - Documentos Ruella Ramos, Disponível HTTP: http://hdl.handle.net/11002/fms_dc_28910 (2023-9-3)
Imagem anexa ao recurso extraída do filme "Os cavalos também se abatem" (1969), Sidney Pollack
Data
27 de outubro a 30 de outubro de 1933
Local
Lisboa
Editora
Jornal "Diário de Lisboa", Diretor Joaquim Manso.
Páginas
Edição de 27 de outubro de 1933, p. 4
Edição de 28 de outubro de 1933, p. 5
Edição de 29 de outubro de 1933, p. 4
Edição de 30 de outubro de 1933, p. 5
Edição de 28 de outubro de 1933, p. 5
Edição de 29 de outubro de 1933, p. 4
Edição de 30 de outubro de 1933, p. 5
Descrição
Em 1933, o Luna Parque fechou o ano com chave de ouro: a realização das “Corridas de criados de café”. Nas notícias publicadas sobre o evento entre os dias 27 e 30 de outubro, acreditava-se, e comprovou-se, que estas corridas iam ser um êxito, atraídos que seriam os populares para a realização daquele evento organizado pelo próprio jornal Diário de Lisboa, a Associação de Classe dos Empregados na Indústria Hoteleira e Profissões Anexas e o patrocínio de diferentes estabelecimentos do ramo hoteleiro. O Diário de Lisboa criou este “espectáculo inédito e festivo” como uma forma de homenagear aquela “classe útil e simpática”. As provas eram cronometradas por técnicos de desportos atléticos.
Podiam candidatar-se à disputa dos troféus os empregados de mesa dos cafés, hotéis, restaurantes, casas de pasto e vacarias. No dia destinado à realização das primeiras provas, compareceram algumas dezenas, todos “de traje irrepreensível.” Na primeira prova, ganhavam aqueles que vertessem menos líquido fora das chávenas e copos de água, transportadas em bandejas. A segunda prova testava o “serviço aéreo” no “carrossel” dos “zepelins” e era descrito desta forma: “nos bancos suspensos, a par, um criado abria uma garrafa, já com o “carrossel” em movimento, e deitava o conteúdo num copo que outro criado levava numa bandeja, e assim sucessivamente”. Numa terceira e derradeira prova, tinha lugar o “jardim zoológico”(sic): sentado num animal de madeira, cada concorrente tinha que dar algumas voltas, sentado num animal de madeira, com um copo cheio de água, sobre uma bandeja. A esta prova também se chamava «o carrossel dos bichos». Foi a prova mais aplaudida pela multidão. Elencado como uma das recompensas, os concorrentes tinham direito a assistir ao «Poço da Morte» de graça. Dizia-se, já no rescaldo que esta prova tinha sido um espectáculo que fechara brilhantemente a época do Luna Parque. De acordo com a notícia publicada, a prova foi ganha “por um novo e por um velho, respetivamente: Custódio Henrique, de “A Brasileira” que obteve o Grande Prémio do Luna Parque, constituído por um fato completo de “smoking”, a fazer na Casa Africana; e Manuel António Antunes, do Hotel de L’Europe, que ganhou a Taça União Europeia.
Podiam candidatar-se à disputa dos troféus os empregados de mesa dos cafés, hotéis, restaurantes, casas de pasto e vacarias. No dia destinado à realização das primeiras provas, compareceram algumas dezenas, todos “de traje irrepreensível.” Na primeira prova, ganhavam aqueles que vertessem menos líquido fora das chávenas e copos de água, transportadas em bandejas. A segunda prova testava o “serviço aéreo” no “carrossel” dos “zepelins” e era descrito desta forma: “nos bancos suspensos, a par, um criado abria uma garrafa, já com o “carrossel” em movimento, e deitava o conteúdo num copo que outro criado levava numa bandeja, e assim sucessivamente”. Numa terceira e derradeira prova, tinha lugar o “jardim zoológico”(sic): sentado num animal de madeira, cada concorrente tinha que dar algumas voltas, sentado num animal de madeira, com um copo cheio de água, sobre uma bandeja. A esta prova também se chamava «o carrossel dos bichos». Foi a prova mais aplaudida pela multidão. Elencado como uma das recompensas, os concorrentes tinham direito a assistir ao «Poço da Morte» de graça. Dizia-se, já no rescaldo que esta prova tinha sido um espectáculo que fechara brilhantemente a época do Luna Parque. De acordo com a notícia publicada, a prova foi ganha “por um novo e por um velho, respetivamente: Custódio Henrique, de “A Brasileira” que obteve o Grande Prémio do Luna Parque, constituído por um fato completo de “smoking”, a fazer na Casa Africana; e Manuel António Antunes, do Hotel de L’Europe, que ganhou a Taça União Europeia.