Elas estiveram nas prisões do fascismo

Item

Título do recurso

Elas estiveram nas prisões do fascismo

Autor

URAP (União de Resistentes Antifascistas Portugueses)

Data

Junho de 2021 (1ª edição). Fevereiro de 2023 (4ª edição)

Editora

URAP (União de Resistentes Antifascistas Portugueses)

Páginas

pp. 195-323 (Lista das mulheres presas e análise de dados desagregados por condição, idade, origem geográfica).

Descrição

“Elas – criadas de servir – estiveram nas prisões do fascismo”
Adelina Meireles, Adrenne Jeanne Delcenserie, Amélia Pereira, Amélia Soeiro, Antónia Monteiro, Aurora Afonso, Belmira Bastos, Damiana Macedo, Ermelinda de Jesus, Eulália de Jesus (6 anos)Francisca Martinez y Mara, Gregória Reina, Isabel Guerreiro, Jacinta Cano, Josefa Ortin, Laurinda Tocha, Lucinda Balseiro, Margaret Lily Adams, Maria Augusta, Maria Augusta Gonçalves, Maria Casal Sanches, Maria da Conceição Silva, Maria da Conceição Duarte, Maria de Paiva e Sousa, Maria del Carmen Pantoja, Maria do Carmo Monteiro de Almeida, Maria Emília Camossa, Maria Eulália Lázaro, Maria Fernanda Gomes de Oliveira, Maria Luísa Parragues, Maria Ribeiro Gonçalves, Maria Rosa Rodrigues, Maria Rosa Pires, Matilde Maria Montes, Virgínia Cardoso.
Não é incomum associar um comportamento de alheamento, incapacidade ou mesmo ignorância às trabalhadoras domésticas, servidoras internas em casa de patrões, relativamente ao mundo que as envolviam. O escrutínio da lista das mulheres que foram presas no período da ditadura, por razões políticas, de exílio ou emigração/imigração, desmente essa ideia. Elas - “serviçais”, “criadas de servir” “preceptoras” “empregadas domésticas” e “domésticas” também estiveram presas e representam uma significativa porção do conjunto, em especial as integradas na última classificação. Editado pela URAP (União de Resistentes Antifascistas Portugueses) o livro “Elas estiveram nas prisões do fascismo” congrega importantes reflexões, depoimentos, relatos de fugas, entre outros aspetos relevantes. Aqui destacamos um olhar sobre as listas das presas que nos permitem desagregar dados em função da profissão/condição e nacionalidade. De acordo com a análise dos dados, no que toca às mulheres de nacionalidade estrangeira, 10%, têm a indicação de motivos relacionados com a i/emigração, mas também uma clara conexão com refugiadas da Guerra Civil de Espanha (1936-1939) ou da II Guerra Mundial (1939-1945). Também se encontram aqui razões ligadas à Revolta do Leite na Madeira, as Marchas da Fome de Maio de 1944, ou presas no episódio da Cantina da Universidade de Lisboa a 11 de maio de 1962. Serviçais enquadradas na categoria dos “Serviços Pessoais”, correspondente a 6,1 das categorias representadas, com as “Domésticas” à cabeça, representando 49,2%.

Conjuntos de itens